A
temporada começou com o Palmeiras elegendo
um novo presidente. Paulo Nobre foi eleito com 153
votos, 47 a mais que o candidato derrotado, Décio
Perin.
A promessa de profissionalizar todo departamento
de futebol foi logo cumprida por Nobre, que em poucos
dias anunciou a chegada de José Carlos Brunoro
para ocupar o cargo de diretor-executivo e de Omar
Feitosa para ser o novo gerente de futebol. A nova
equipe definiu a permanência do técnico
Gilson Kleina.
Nomes aprovados por 90% da torcida, Nobre e Brunoro gozaram
de prestígio por pouco tempo, pois menos de 20 dias
depois, com a negociação de Barcos, estourou
a primeira crise. Alegando problemas financeiros, a diretoria
liberou o artilheiro do time na temporada anterior em troca
de 4 jogadores do Grêmio (Vilson, Léo Gago,
Rondinelly e Leandro).
Havia
também a promessa da chegada de um quinto
gremista, o que nunca aconteceu. Dos quatro que
chegaram, apenas Leandro se firmou; Vilson (que
já negociava antes da nebulosa troca) passou
muito tempo no departamento médico, idem
para Léo Gago. Já Rondinelly foi pouco
utilizado por Kleina.
Sem Barcos, o Palmeiras terminou de disputar o Paulistão
e deu início à disputa da Libertadores.
No estadual, após campanha mediana na fase
de grupos (que incluiu uma humilhante goleada sofrida
para o Mirassol), o time acabou sendo eliminado
pelo Santos, nos pênaltis.
Na competição continental, o Verdão
também amargou resultados (e atuações)
ruins contra Tigre e Sporting Cristal, mas as três
vitórias em casa fizeram com que o time se classificasse
para as oitavas de final. Destaque para a partida contra
o Libertad, disparada a mais emocionante da temporada.
Nas
oitavas de final o Palmeiras enfrentaria o Tigre.
Após um 0 a 0 no México, onde o rival
estava com 100% de aproveitamento, a vaga ficou
encaminhada, mas ninguém contava que Bruno
cometesse um dos maiores frangos da história,
o que custou a eliminação em pleno
Pacaembu (Fernando Prass estava lesionado).
Restava ao Verdão o martírio da Série-B.
O início foi mais problemático do
que o previsto, com uma derrota em casa para o América-MG
e outra para o Sport, quando a arbitragem foi determinante
para o resultado negativo.
Após a pausa para a disputa da Copa das Confederações,
porém, o time voltou mais encorpado graças
aos reforços que a diretoria conseguiu trazer (como
o atacante Alan Kardec e o meia Mendieta), à boa
fase de Wesley e ao retorno de Valdivia, que viveu mais
um ano de muitas contusões, mas quando esteve em
campo fez a diferença.
Apesar de ser superior tecnicamente aos seus adversários,
o Verdão conseguiu perder 7 partidas durante a Série-B,
o que fez a torcida voltar a questionar a qualidade do elenco
e a capacidade do técnico Gilson Kleina. Mesmo com
os tropeços, o time terminou como campeão
e das 38 rodadas, só não ocupou a liderança
em 9.
Paralelamente
ao returno da segundona, o Palmeiras também
disputou a Copa do Brasil. Ou melhor, fez figuração.
Como tinha participado da Libertadores, o time entrou
direto nas oitavas de final, e encarou o Atlético-PR,
que atravessava grande fase. A vitória por
1 a 0 no Pacaembu acabou ficando pequena, pois na
volta a equipe paranaense não encontrou dificuldades
para fazer 3 a 0 e se classificar (o rival chegaria
à final, onde foi superado pelo Flamengo).
Fora de campo, o Palmeiras não viu seu novo estádio
ser concluído em função de um litígio
com a WTorre (a obra pode atrasar 1 ano) e viu a diretoria
ganhar mais críticos. Além de Barcos, Nobre
e Brunoro deram brechas para as saídas gratuitas
de Souza e Luis Felipe, dois titulares. O volante queria
um aumento e o lateral até chegou a assinar a prorrogação
de seu vínculo, mas um erro de digitação
invalidou o contrato.
Outro ponto questionado foi o marketing. Com a rescisão
da Kia (a montadora cortou despesas em função
de uma nova lei do mercado automobilístico), o Palmeiras
passou 8 meses sem patrocinador master, e isso apesar da
montagem de uma equipe profissional, com nomes renomados
do mercado trabalhando (e ganhando bem).
Único fator positivo foi a reformulação
no programa de sócio-torcedor. O Avanti,
que iniciou a temporada com 8 mil sócios, terminou
com pouco mais de 35 mil, a 5 mil da meta estabelecida pela
diretoria.
Assim foi 2013 para o Palmeiras. Sem ter o que comemorar
e com péssimas perspectivas para 2014, ano do centenário.
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Eduardo Luiz
Equipe PTD